Tozé Martinho celebra 50 anos de carreira com peça na Covilhã





A TZM Produções, dirigida por Tozé Martinho, estreia sábado, na Covilhã. a peça As calcinhas amarelas, que deverá ser levada à cena em várias outras localidades ao longo do ano

«Trata-se de uma proposta itinerante, levando teatro mais ligeiro, de comédia, a várias cidades onde habitualmente não há», disse Tozé Martinho à Lusa. Além dele, o elenco é constituído por Alina Vaz, Luis Zagallo que assina também a encenação, Florbela Menezes, Rita Simões, Inês Simões e Daniel Garcia. Intitulada originalmente Os infiéis defuntos, a peça de José Vilhena foi levada à cena em 1967, no Teatro Laura Alves, em Lisboa, com o título As calcinhas amarelas protagonizada por Irene Isidro.

«Alcançou grande êxito e mantém a actualidade», disse Tozé Martinho, acrescentando que «foi feita contudo uma adaptação». A peça estreia no Cineteatro da Covilhã sábado e, no dia seguinte, sobe à cena na cidade vizinha de Seia, «depois há um conjunto de cidades», disse.

Tozé Martinho referiu «a importância de levar teatro a outros centros, criando público e incentivando até os grupos locais». Do elenco, Martinho destacou Alina Vaz que qualificou como «primeiríssima figura do teatro» que encarna o papel de Leopoldina. A actriz que se estreou no Teatro Nacional na peça Querida Júlia ao lado de Amélia Rey Colaço, Érico Braga, Helena Félix, Luís Alberto, José de Castro, Varela Silva, entre outros, completa este ano 50 anos de carreira.

Em declarações à Lusa a actriz afirmou: «Trata-se de uma comédia muito ligeira mas interessante, com ritmo e que mantém a actualidade». «Decidi fazer pelo prazer que me dá estar em cima do palco e, por outro lado, não fazia comédia há mais de dez anos», acrescentou. «O papel é muito engraçado, é uma doida que entra enfurecida e durante 30 minutos domina a cena», explicou.

A actriz actualmente integra o elenco de Auto da barca do Inferno, de Gil Vicente, no Centro Cultural Franciscano, em Lisboa, tendo anteriormente protagonizado com Alberto Villar, Love Letters (Cartas de Amor), de AR Gurney.
Lusa/SOL

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