"Wiseman Cara Vermelha" no Carlos Alberto













"Wiseman Cara Vermelha", de George Tabori
Teatro Carlos Alberto
26-29 de Março

Um dia perdeu-se nas Montanhas Rochosas e comparou a experiência, terrível, à sensação de andar perdido no Monte Sinai. Talvez esse acidente biográfico tenha sido determinante na criação de Weisman e Cara Vermelha, um “western judeu”, género tão improvável quanto o duelo que aí se trava entre um índio e um judeu, duelo entre povos martirizados. George Tabori nasceu na Hungria em 1914, membro de uma família de intelectuais judeus, mas foi um perpétuo exilado, com referentes de várias culturas (alemã, inglesa e norte-americana). A memória do Holocausto é um tema recorrente na sua obra. Weisman e Cara Vermelha retoma o diálogo com essa ferida por cicatrizar, através de uma escrita que, nas palavras do encenador Fernando Mora Ramos, “vai directa à dor em chave humorada, polissémica e desperta, dizendo-nos: o quotidiano é de espessura tragicómica, os desaires e a morte têm cómico”. Com esta incursão no teatro politicamente incorrecto de Tabori, cumpre-se o primeiro momento do programa Teatro da Rainha x 2. A Estação Inexistente, com textos de Luigi Pirandello e Rocco D’Onghia, chega no início de Abril.

de George Tabori tradução Carlos Borges encenação Fernando Mora Ramos cenografia e figurinos José Carlos Faria música Carlos Alberto Augusto desenho de luz António Anunciação, Fernando Mora Ramos interpretação Bárbara Andrez, Carlos Borges, Fernando Mora Ramos, José Carlos Faria/Octávio Teixeira produção Teatro da Rainha duração aproximada 1:20 classificação etária Para Maiores de 16 anos

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