Festlip encerra 3ª edição!






FESTLIP ENCERRA SUA TERCEIRA EDIÇÃO
COM PÚBLICO RECORDE DE 23 MIL PESSOAS

“Contos em viagem – Cabo Verde ganha o Prêmio Revelação do Festlip 2010

O Festlip 2010 encerrou sua programação contabilizando um público recorde de 23 mil pessoas que, durante 12 dias, assistiu gratuitamente a 40 sessões de 15 peças inéditas no Rio; duas oficinas teatrais; duas mesas de debates e uma exposição fotográfica nos teatros da Rede Sesc (Ginástico, Espaço Sesc, Tijuca e Casa da Gávea) e da Caixa Cultural – Teatro Nelson Rodrigues, além do Festlipshow que reuniu diversos artistas da música lusófona no Teatro Odisséia. Na cerimônia de encerramento realizada neste domingo, dia 25, no Espaço Sesc, a companhia portuguesa Teatro Meridional, dirigida por Miguel Seabra, recebeu o Prêmio Revelação do Festlip 2010, pela peça Contos em Viagem – Cabo Verde”, através de voto popular.

A partir de dramaturgia de Natália Luíza, a peça reúne textos em língua portuguesa e crioulo que, ao contar a história de Cabo Verde através de poemas e trechos de histórias do lugar, tratam de emoções e sentimentos universais. Com direção e projeto de luz de Miguel Seabra e cenário e figurinos de Marta Carreiras, o espetáculo é encenado pelo ator e músico Fernando Mota – que assina também a trilha musical – e pela atriz Carla Galvão. “Aqui sou representante de todos vocês e me orgulho muito disto. Este sonho agora não é só da Tânia, é de todos nós”, disse Miguel Seabra ao receber o troféu do Festlip 2010.

Primeiro festival a promover o intercâmbio teatral entre países da língua portuguesa, o Festlip já tinha batido outro recorde antes mesmo de começar sua terceira edição: pela primeira vez, contou com a participação maciça das oito nações lusófonas – Angola, Brasil, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique, Portugal, São Tomé e Príncipe e Timor Leste. “Este ano foi importante para sedimentarmos o Festlip no calendário cultural da cidade. Além de contarmos com todos os oito países de língua portuguesa, vimos que o Festlip tem crescido ano a ano e tem potencial para ainda mais”, comemora a atriz e produtora Tânia Pires, idealizadora do Festlip. O evento reuniu em seu ano de estréia um público de 13 mil pessoas e chegou às 18 mil em 2009.

Realizado pela Talu Produções em parceria com a Rede SESC Rio e com patrocínio da Oi e da Caixa, além de apoio cultural do Oi Futuro. o festival homenageou este ano com o troféu Festlip 2010 a atriz e diretora portuguesa Maria do Céu Guerra, que trouxe a premiada Cia de Teatro A Barraca para encenar a peça Agosto - Contos de Emigração”– sucesso de público e crítica no Festlip – e ainda ministrou uma concorrida oficina teatral para os grupos participantes e ouvintes: “A troca de experiências é fundamental para o crescimento do teatro lusófono”, endossa a encenadora. “É uma experiência rica e emocionante para todos”, completa.

Portugal foi o país que compareceu este ano com o maior número de companhias. Além de A Barraca e do Teatro Meridional, vieram ainda as companhias Trigo Limpo – que apresentou “Chovem amores na rua do matador” com dramaturgia de Mia Couto e do angolano José Eduardo Agualusa –, e Binólogos, com o espetáculo “Filhas da mãe - Fantasias eróticas das mulheres portuguesas”. O Brasil foi representado por três companhias: os paulistas Os Fofos Encenam, com a peça “Ferro em Brasa” e Barracão Cultural, com “A mulher que ri”, e a goiana Cia de Teatro Novo Ato, com “Drummond 4 tempos”. Angola e Moçambique trouxeram dois grupos cada: do primeiro vieram a Companhia de Teatro Dadaísmo, apresentando “Olímias, e Miragens Teatro, com “4 e 30”. Do segundo, a Cia de Teatro Gungu encenou “A demissão de Sô Ministro”, e a Kudumba veio com “Só Cheira Borracha”. Guiné-Bissau retorna ao Festlip com o GTO – Grupo de Teatro do Oprimido, que trouxe a peça “Maria – Ritual das Parideiras”; assim como Cabo Verde, representado pelo Centro Cultural de Mindelo, com o espetáculo “Androginia”. Os estreantes Timor Leste e São Tomé e Príncipe marcaram presença no Festlip 2010 com o Grupo Arte Lorosae e a peça “Saramau”, e o Grupo Fôlô Blagi, que levou aos palcos “O pagador de promessas”, respectivamente.

Festlipshow aumentou seu público em 150%

Como tem sido desde sua primeira edição, o FestlipShow é um dos eventos mais concorridos da programação e ganhou este ano um espaço maior, o Teatro Odisséia, na Lapa. No sábado, 17 de julho, cerca de 2.500 pessoas – 1.500 a mais que no ano passado – foram conferir os shows dos brasileiros Teresa Cristina e Orquestra Voadora; do angolano Abel Duerê; do moçambicano Cheny Wa Gune, e do músico cabo-verdiano Hélio Ramalho, além de DJ MAM e da atriz Elisa Lucinda, que fez participação especial declamando Fernando Pessoa.

Entre as concorridas atividades paralelas, o Espaço Sesc recebeu no dia 20, a mesa de debates formada por Carlos Bequengue (Angola), Daniele Ávila (Brasil), João Dias (Portugal), Rosa Langa (Moçambique) e Rui Pina Coelho (Portugal), com mediação da crítica, ensaísta e professora Tânia Brandão, para falar sobre ‘A imprensa no universo teatral da língua portuguesa’. No dia seguinte, o Teatro Sesc Ginástico abrigou ‘O diálogo do teatro dos países da língua portuguesa’, mediado pelo dramaturgo e roteirista Bosco Brasil e com a participação dos brasileiros Domingos de Oliveira, Márcia Zanelatto e Lucianno Maza e Cândida Bila (Moçambique), José Menna Abrantes (Angola) e Pompeu José (Portugal).

Outra novidade da edição 2010 foi a exposição fotográfica itinerante “Teatro sem fronteira”, que percorreu os foyers dos teatros do Festlip. A mostra é o registro da oficina teatral itinerante conduzida de outubro a dezembro de 2009 pela atriz Tânia Pires nos oito países da CPLP, reunindo grupos de diversas formações para encenar textos de Ibsen.

Pelo terceiro ano seguido, o restaurante 0 Cozinha Contemporânea ofereceu um menu especial entre os dias 3 e 31 de julho, com pratos inspirados na culinária dos países participantes. Nesta edição, a Mostra Gourmet, batizada “O sabor da língua portuguesa”, foi criada pela chef Joana Carvalho e recebeu mais de 500 pessoas ao longo do mês.

O Festlip conta com apoio do Ministério da Cultura do Brasil, Secretarias de Cultura do Estado e Município do Rio de Janeiro, Oi Futuro, FUNARTE, DGArtes - Ministério da Cultura de Portugal, Instituto Camões, CPLP - Comunidade dos Países da Língua Portuguesa e todas as embaixadas dos países participantes.

A TALU PRODUÇÕES E MARKETING foi fundada pela atriz e produtora cultural Tânia Pires e pela jornalista e publicitária Luciana Rodriguez, a partir da idéia comum de desenvolver um trabalho abrangente e diferenciado de viver a cultura.

A proposta do trabalho se sustenta no modelo de transformação, através do investimento na diversidade e na fomentação da criação do artista. A filosofia da TALU se apóia na possibilidade de incentivar, divulgar e disseminar talentos nas mais diversas manifestações.

Com transparência nas relações e ousadia a TALU cria, planeja, desenvolve, produz e executa projetos culturais e sociais, desempenhando seu papel no mercado de forma ética, compromissada e singular.

A idéia do Festlip surgiu quando em uma viagem a Moçambique, África, Tânia Pires teve a oportunidade de dar aulas de teatro e conhecer de perto a manifestação artística de seu povo. A experiência de ver a diversidade das artes cênicas, através da língua portuguesa, motivou uma pesquisa sobre o teatro em todos os países que falam o português, nascendo então o Festival de Teatro da Língua Portuguesa, o Festlip.

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