ULTRAJADO – UMA OCUPAÇÃO NEGRA no Rio de Janeiro



A Mostra Ultrajado – Uma Ocupação Negra, visa constituir um ambiente de trocas artísticas, com apresentações de diversas linguagens, e exaltar a riqueza da produção cultural de matizes africanas em âmbito nacional.
De 07 a 29 de novembro.

Com foco em artistas e grupos que têm como base de sua criação a pesquisa e a construção de novas subjetividades, narrativas e estéticas negras, a ocupação apresenta a preços populares os espetáculos teatrais 'Mercedes', do Grupo Emú, 'Eles não usam tênis Nike', da Cia Marginal, 'Traga-me a cabeça de Lima Barreto', da Cia dos Comuns, “Boquinha”, de Lázaro Ramos e atuação de Orlando Caldeiras, e as estreias no Rio de Janeiro de 'Além do Ponto', da Cia Os Crespos e “Violento”, com Pedro Amparo e direção de Alexandre de Sena.

Além de fomentar a atividade teatral, a Mostra tem como objetivo difundir uma reflexão crítica sobre a formação, criação e produção cultural. E, para tal, as mesas de debate serão um espaço de troca dos artistas - que têm como base de criação novas subjetividades, narrativas e estéticas negras - e possibilitarão a socialização desses processos com o público ao ampliar discussões e aprofundar questões polêmicas.

Noite de Abertura:
18h00min- Ariane Hime em Performance em Três Atos. Gênesys - Ato 1 ( Única apresentação)

18h 45- Solenidade - Abertura

19H 30 - Mandé ( Grupo Dembaiá - Apresentação única)

20h 30 - Mercedes ( Grupo Emú - Apresentação única)

ATIVIDADES ARTÍSTICAS E FORMATIVAS

A ocupação apresentará a preços populares os espetáculos teatrais 'Mercedes', do Grupo Emú; 'Eles não usam tênis Nike', da Cia Marginal; 'Traga-me a cabeça de Lima Barreto', da Cia dos Comuns; E a estreia, no Rio de Janeiro, de 'Além do Ponto', da Cia Os Crespos. 
Na dança, trará Rubens Barbot, com o mais recente projeto da companhia: 'Artur - Ensaio Primeiro'.
Mesclando circo e teatro, o infantil  'Boquinha… E assim surgiu o mundo', terceiro espetáculo infantil de Lázaro Ramos.
No campo da performance, 'Transperiferia', de Blackyva; 'Ei, Mulher', da Coletiva Agbara Onin, 'Caminhos até Mercedes', do Grupo Emú; E as estreias no Rio de Janeiro de 'Fragmentos de um Descompasso', com Verônica Rocha Bonfim, e 'Negror: panfletos poéticos', do Selo Homens de Cor.

A comédia traz o espetáculo 'Acendam as Luzes', de  Yuri Marçal,  e o  stand up comedy com os comediantes  Marcelo Magano e Patrick Sonata. A Mostra ainda apresentará o som do projeto Terceira era Tropical e exposição da coleção 'Vale Longo', da designer Gabi Monteiro.

Além das apresentações, haverá oficinas e mesas de debate sobre arte e produção cultural da população negra e o lançamento da segunda edição da “Legítima Defesa – Uma Revista de Teatro Negro”, da Cia Os Crespos.



TEATRO

MERCEDES

O espetáculo Mercedes propõe uma inovação na linguagem cênica ao utilizar o gestual da dança criado pela bailarina Mercedes Baptista como recurso de interpretação teatral. A peça, através de artes integradas, aborda a vida primeira bailarina negra a compor o corpo de baile do Theatro Municipal do Rio de Janeiro e principal percussora da dança afro-brasileira pelo mundo. Sua estreia foi na Arena do Espaço Sesc de Copacabana em 2016 e já circulou por 5 cidades do Estado do Rio de Janeiro, tendo por participado da Mostra Olonadé (Cia dos Comuns) e por Minas Gerais, na Mostra Benjamin de Oliveira. Sua última circulação realizada pelo FESTIVAL X- TUDO CULTURAL, do Sesi, foi sucesso de público, atraindo cerca de mil pessoas para as apresentações e oficinas.

Texto: Sol Miranda | Direção: Juracy de Oliveira e Thiago Catarino | Supervisão de direção e de dramaturgia: Fabiano de Freitas | Elenco: Iléa Ferraz, Sol Miranda, Emerson Ataíde, Paula Pardon, Priscila Lúcia, Ariane Hime, Reinaldo Junior, João Alves, Richard Neves, Nath Rodrigues, Raquel Terra, Kaio Ventura, Renata Araújo, Evandro Machado | Direção Musical: Sérgio Pererê | Composições originais: Kadú Monteiro e Sérgio Pererê | Direção de Movimento: Fábio Batista | Iluminação: Paulo César Medeiros | Figurino: Lucas Pereira |
Local: Teatro Carlos Gomes / ÚNICA APRESENTAÇÃO / Duração: 70 minutos /Horário: 20:30/ Classificação: 12 anos  Valor: R$ 30,00 (inteira).


ELES NÃO USAM TÊNIS NIKE

É a mais nova produção da Cia Marginal. Baseado em texto premiado da dramaturga carioca Márcia Zanelatto, o espetáculo se passa numa favela do Rio de Janeiro, onde um pai e uma filha se reencontram depois de muitos anos. Ele foi traficante nos anos 80/90, quando o tráfico ainda mantinha um vínculo moral com a comunidade, e ela é uma jovem integrante do tráfico nos dias atuais. O embate ideológico entre dois personagens é representado em cena por cinco atores que se alternam sucessivamente nos dois papéis, num jogo cênico em que nenhuma posição é fixa e a ficção está sempre sob o risco da realidade. A peça estreou em 20 de agosto de 2015 no Teatro Glauce Rocha (Rio de Janeiro), dentro da ocupação Grandes Minorias (Funarte / MINC).

Direção: Isabel Penoni | Texto: Márcia Zanelatto | Intervenção dramatúrgica: Cia Marginal Elenco: Geandra Nobre, Jaqueline Andrade, Phellipe Azevedo, Rodrigo Souza, Wallace Lino Direção Musical: Thomas Harres | Trilha sonora original: Rodrigo Souza e Thomas Harres Cenário: Guga Ferraz | Figurino: Raquel Theo | Figurino: Raquel Theo | Luz: Pedro Struchiner Produção: Mariluci Nascimento.
Dia 13/11 / Local: Teatro Carlos Gomes: Horário: 20:30 / Valor: R$ 30,00 (inteira) 


TRAGA-ME A CABEÇA DE LIMA BARRETO

Espetáculo interpretado por Hilton Cobra, com direção de Fernanda Júlia (NATA – Núcleo Afrobrasileiro de Teatro de Alagoinhas) e dramaturgia de Luiz Marfuz, propõe uma imersão na contribuição da obra do provocativo escritor, celebrando os 135 anos de seu nascimento, os 15 anos da Cia dos Comuns e os 40 anos de carreira artística de seu diretor Hilton Cobra. O texto fictício parte logo após a morte de Lima Barreto, quando os eugenistas exigem a exumação do seu cadáver para uma autópsia e para esclarecer “como um cérebro inferior poderia ter produzido tantas obras literárias – romances, crônicas, contos, ensaios e outros alfarrábios – se o privilégio da arte nobre e da boa escrita é das raças superiores?” A partir desse embate com os eugenistas a peça mostrará às várias facetas da personalidade e da genialidade de Lima Barreto, sua vida, família, a loucura, o alcoolismo, sua convivência com a pobreza, sua obra não reconhecida, racismo, suas lembranças e tristezas.

Ator: Hilton Cobra | Dramaturgia: Luiz Marfun | Direção: Fernanda Julia | Cenário: Márcio Meireles | Desenho de luz: Jorginho de Carvalho | Figurino: Biza Viana | Direção de Movimentos: Zebrinha | Direção Musical: Jarbas Bittencourt | Direção de produção: Tânia Rocha
Duração: 70 minutos / Local: Teatro Carlos Gomes / Horário: 19:00 / Classificação: 14 anos / Valores: R$ 30,00 (inteira)


ALÉM DO PONTO – Dia 29 de novembro

Um casal heterossexual, em separação, move-se entre pedaços de histórias e tenta reconhecer, ao final do relacionamento, os motivos de suas dificuldades no amor. Através de um jogo que envolve inclusive a improvisação premeditada dos atores, a história pregressa de cada personagem é revisitada, quando, depois de algum tempo separados, o casal se reencontra, a mala de recordações é aberta e, um a um, os nós da dor começam a ser desfeitos. Ao final de nove encontros e diante do questionamento sobre um “final feliz”, a história perde seu caráter privado e passa a ser uma tarefa coletiva, onde os atores abrem a obra para um final diferente, escolhido pelo público, a cada dia. O cenário reproduz um apartamento em que, móveis amontoados, utensílios domésticos, caixas no chão, livros e discos espalhados, tudo está prestes a ser dividido e transformado. A trilha sonora é executada ao vivo pela dh, que também atua como um cupido urbano na história.

Inédito na cena carioca, Além do Ponto é o primeiro espetáculo da trilogia “Dos Desmanches aos Sonhos – Poética em Legítima Defesa”, cujo foco é investigar através de pesquisa cênica-áudio- visual o impacto da escravidão e as esferas das relações entre afetividade, negritude e gênero no Brasil, com uma trilogia de espetáculos que abordam as relações intersubjetivas de desejo e construção de identidade.

Realização: Os Crespos | Atores: Sidney Santiago Kuanza, Lucelia Sérgio e Dj Dani Nega | Dramaturgia: José Fernando de Azevedo e Os Crespos | Direção: José Fernando de Azevedo| Assistência de direção: Ricardo Henrique | Trilha sonora e execução: Dj Dani Nega | Direção de arte: Antonio Vanfill | Iluminação: Mauro Junior
Local: Terreiro Contemporâneo / Horário: 19:00 / Classificação: 18 anos / Duração: 90 minutos / Valor R$ 30,00 (inteira)



CIRCO & TEATRO

BOQUINHA (RJ) – Infantil – Dia 20/11

Num espetáculo que une o circo e o teatro, Boquinha, um pequeno ser feito de dobraduras de papel, guia as crianças em uma mágica viagem pelo mundo. Boquinha conta a história do surgimento do mundo inspirado em contos e lendas de diferentes culturas. Boquinha conta a história do surgimento do mundo de uma forma bastante inovadora. Neste espetáculo, o autor e diretor Lázaro Ramos propõe uma divertida viagem no tempo encenada apenas por um ator e uma folha de papel! Em Boquinha, o ator Orlando Caldeiras e seu grande amigo feito de dobraduras de papel, despertam a imaginação e a criatividade da criançada guiando-as em uma viagem mágica para contar como surgiu o mundo. Com o texto inspirado em mitologias e contos africanos, Indus e de outras culturas, BOQUINHA retoma a tradição de se contar e ouvir histórias e mostra que basta uma boa história para nos fazer viajar! Lázaro Ramos lançou o livro infantil “A Velha Sentada” em 2010 e está cada vez mais dedicado a este público. Depois de escrever o texto do espetáculo “As Paparutas” adaptou seu livro infantil para o teatro, o que resultou no espetáculo “A Menina Edith e a Velha Sentada”, dirigido pelo próprio autor. A montagem rendeu a Lázaro o prêmio de melhor direção no Prêmio Zilka Salaberry de Teatro Infantil, a Orlando Caldeira a indicação ao prêmio de melhor ator e cinco indicações para o espetáculo (melhor texto, melhor figurino e melhor trilha sonora). Agora Lázaro Ramos monta mais uma obra voltada para as crianças: BOQUINHA.

Neste espetáculo, o ator e circense Orlando Caldeira, utiliza o circo, a manipulação e a música para contar essa história de forma lúdica e divertida, estimulando a imaginação e despertando a curiosidade das crianças.

Texto: Lázaro Ramos | Direção: Lázaro Ramos e Suzana Nascimento | Elenco: Orlando Caldeira | Direção de movimento: Marcela Rodrigues | Direção de produção: Drayson Menezzes | Produção: Heder Braga | Iluminação: Valmyr Ferreira | Trilha Sonora: Ricco Viana e Antonio Ahn | Cenário e figurino: Alberta Barro e Gabrielle Windmüller | Adereço: Malu
Local: Parque das Ruínas / Horário: 16:00 / Classificação: Livre / Valor R$ 30,00 


DANÇA – Adulto – Dias 08, 15 e 22 de novembro


ARTUR, Ensaio Primeiro (CIA RUBENS BARBOT - RJ)

No universo de Artur Bispo do Rosário são imprecisos os limites entre o real e o irreal, o consciente e o inconsciente, a razão e a loucura, a fé e o delírio, a febre e o surto, o visível e o invisível, o humano e a divindade. Sua produção amalgama misticismo e arte de maneira sutil, instigante, densa, inteligente e permite estabelecer diálogos com muitos caminhos tomados pela produção artistica do século XX.

Bispo possuía antenas de alta captação e irradiação, e é por isso que sua obra trava conversações com a atual produção de arte e com um grande legado do modernismo e das primeiras proposições chamadas de contemporâneas: a apropriação de Marcel Duchamp: a anti-arte do dadaísmo: a conexão absurda de objetos do surrealismo: as acumulações do novo realismo francês: o resgate do descarte promovido pela new dada: a ligação entre arte e vida proposta pela performance: as gambiarras de arte contemporânea brasileira dadas como resposta à precariedade estrutural vivida no país.

Criação Cênica Coletiva | Pesquisa, roteiro final e direção: Gatto Larsen | Intérpretes Wilson Assis, Éder Martins de Souza e Thiago Viana | Iluminação César de Ramires | Supervisão, figurino, obras de arte e participação especial: Rubens Barbot | Organização de movimentos: Luiz Monteiro | Direção de arte: Rubens Barbot e Gatto Larsen | Produção executiva e contrarregra: Renata Leobons | Duração: 65 minutos.
Local: Teatro Carlos Gomes / Horário: 19:00 / Classificação: 16 anos / Valores: R$ 30,00 (inteira)



PERFORMANCES

FRAGMENTOS DE UM DESCOMPASSO – Dia 26 de novembro

Pequenos recortes do cotidiano convidam o público a uma reflexão proativa, acerca de temas que afligem a todos e todas, cujo combustível é o preconceito. Tudo com pitadas de humor, colheradas de realidade e xícaras de muito afeto. Partindo de próprias vivências e do que vê, ouve, sente, sonha, imagina ou testemunha, a atriz, cantora, e escritora Verônica Bonfim, propõe uma performance poético-música-teatralizada e participativa, para que o público se sinta motivado a refletir, se observar e agir frente a questões como: misoginia, racismo, LGBTfobia, intolerância religiosa, xenofobia e auto-ódio.
Direção, Atuação e Musicalização: Verônica Rocha Bonfim
Local: Casa das Pretas / Horário: 19:00 / Duração: 50 minutos / Valor R$: 10,00 / Classificação: Livre


EI, MULHER – Dia 21 de novembro

Pautada no corpo poético do feminino negro com base nas matrizes africanas e a dança dos orixás, revisitando a subjetividade criativa da mulher negra contemporânea que bebe na fonte da tradição de nossa cultura e a ressignifica, despertando sensibilidade e potencializando os corpos cênicos negros.

Uma coletânea de poesias, relatos, contos, fotos e artigos do período de fecundação, gestação, parto e puerpério, de um matrimônio fruto do encontro de duas jubas contentes. Foi a partir desses relatos amorosos, um convite para que os leitores fruíssem dessa experiência junto com a autora, a atriz Adriana Rolin, que começa a ser gestada ao mesmo tempo a Performance Ei, Mulher. Os poemas do livro Cria Jubal percorriam toda a vivência do tornar-se mãe sob a ótica da Mulher – Mãe – Negra – Periférica. Sua transposição poética somada à pesquisa sobre a cultura afro-brasileira e suas matrizes estéticas e filosóficas fez surgir a performance de rua. Nesse processo de ressignificação do universo feminino e negro, Ei, Mulher referenda a identidade cultural do matriarcado negro, com seus ritos e cantos, instrumentos, turbantes, suas deidades e poesias, danças e artes.

Dramaturgia: Adriana Rolin | Direção: Adriana Rolin e Luana Vitor | Composição Musical: Adriana Rolin | Percussão: Adriana Rolin e Lilian Tavares | Atrizes: Adriana Rolin, Graciana Valladares, Lilian Tavares, Luana Vitor, Luiza Loroza e Tatiana Henrique | Preparação Vocal: Luiza Loroza
Local: Parque das Ruínas / Entrada gratuita Classificação: Livre


NEGROR – PANFLETOS POÉTICOS (SIDNEY SANTIAGO KUANZA – SP) – Dia 28 de novembro

Negror, Panfletos Poéticos, é uma peça panfleto itinerante que se utiliza do universo simbólico do boxe, para dar voz à luta contra o genocídio da Juventude Negra no Brasil. O boxe ou pugilismo hoje na contemporaneidade é um esporte de combate, no qual dois lutadores usam apenas os punhos, tanto para a defesa, quanto para o ataque. Antes de se tornar esporte, o boxe era um jogo de aniquilamento onde senhores brancos colocavam seus escravizados para o enfrentamento físico que culminava na morte de um dos oponentes, fazendo com isso o enriquecimento de senhores brancos e inserindo o boxe como uma dos maiores jogos de aposta do mundo.

A ação é composta de quatro tiros performáticos, dramaticamente intitulados de assaltos. A Prerrogativa central é um aguardado combate de Boxe. Os personagens são dois lutadores, um juiz e uma moça do placar. Nesta escaleta, os personagens alegóricos encenam dramas reais, documentados, protocolados e alguns noticiados na mídia brasileira. Em cena temos dois jovens que foram mortos em chacinas distintas, a moça do placar encena uma jovem que teve seu namorado morto pela polícia, e por fim um Juiz que encarna uma voz que tem como função questionar a subjetividade e o senso comum brasileiro formado dentro do sistema de representação midiática que forma a opinião pública com a hiper criminalização da juventude negra
Realização: Selo Homens de Cor | Atuação: Sidney Santiago Kuanza (+2 convidados de sua oficina) |
Local: IFCS – UFRJ/ Horário: 17h30min | Negror | Selos Homens de Cor / Entrada gratuita / Classificação: LIVRE / Duração: 40 minutos

TRANSPERIFERIA - ESPETÁCULO PERFORMÁTICO – Dia 29 de novembro
Nascida e criada na favela da Rocinha, BLACKYVA é a junção das palavras Black e Diva somadas a letra Y que representa a Geração da internet, da desconstrução e do empoderamento. Com Inspiração em Beyonce, Tati Quebra Barraco e Shakespeare, a transsexualidade do ator William se manifesta nessa performance de FUNK, ARTE e POLÍTICA.

Atuação: BLACK YVA | Local: terreiro Contemporâneo / Duração: 30 minutos / Horário: 22:30 / Classificação: 18 anos


OFICINAS – Dia 27 de novembro

“MEMÓRIA E ATIVISMO: PRÁTICAS PARA A VIVÊNCIA E ELABORAÇÃO DE UMA POÉTICA NEGRA”
A proposta da oficina é estimular uma imersão pela história do Teatro Negro no Brasil, aliando técnicas de exploração cultural que auxiliam na busca pelo autoconhecimento e ajudam a construir os elementos do personagem, além de desenvolver a linguagem presente no processo teatral.

Ministrante: Sidney Santiago Kuanza. Carga horária: 3 horas. Público alvo: Estudantes de Artes Cênicas, artistas e dramaturgos.
Local: Terreiro Contemporâneo / Horário: 14:00 às 16:00 / Entrada gratuita/ Inscrições: emugrupo@gmail.com / Classificação etária: 16 anos.


NEGRO OLHAR – Dia 21 de novembro

O projeto de oficina NEGRO OLHAR propõe um encontro, para entender como as referências de matriz africana interferem, permeiam, influenciam, e auxiliam na construção de um corpo em cena.

O objetivo principal desta oficina é proporcionar uma experiência teatral nova, porque construída a partir de referências pouco ou não trabalhadas em escolas e cursos de teatro. Usando da dança de matriz africana e a dança dos orixás, como ferramenta para trabalhar a expressão corporal, Tatiana Tiburcio propõe uma leitura diferenciada de como o corpo cênico pode falar, interpretar e se expressar em cena através de um olhar mais abrangente sobre as possibilidades de representação a partir de referências afrocêntricas. Desenvolver uma construção de personagem a partir da visão de mundo Bantu, onde tudo esta interligado: corpo material e corpo sensível.

Ministrantes: Tatiana Tibúrcio, Flávia Souza e Fábio Simões Soares Carga horária: 2 horas Público alvo: Estudantes de Artes Cênicas, bailarinos, contadores de história.
Local: Coletivo Ogdara Obinrin / Horário 14:00 às 17:00 / Classificação Livre /


LANÇAMENTOS – Dia 28 de novembro

Segunda Edição da Revista “Legítima Defesa – Uma Revista de Teatro Negro”, da Cia Os Crespos, com intervenções artísticas e distribuição gratuita de exemplares.

A revista aborda questões relevantes sobre a investigação e discussão dos temas referentes à população negra e à representação do negro no Teatro Brasileiro e possibilita maior difusão dos trabalhos realizados nessa vertente, com o intuito de fomentar o intercâmbio de pesquisas que impulsionem a criação artística e a formação, tanto de público como dos fazedores dessa arte. A revista Legítima Defesa teve seu primeiro número lançado no segundo semestre de 2014, através de fomento ao projeto “Dos Desmanches aos Sonhos – poética em Legítima Defesa” da Cia Os Crespos, com recursos da Lei de Fomento ao Teatro para a Cidade de São Paulo.

Nesse segundo número a revista junta em suas páginas mulheres e homens negros, que compreendem o teatro como uma ação política de discussão social e ferramenta redimensionadora de nossas existências. A publicação segue discutindo sobre legado, memória e ativismo, fazendo intercâmbio com o teatro caribenho, discutindo escolhas estéticas e tecendo crítica teatral de espetáculos atuais, apresentando os textos de peças de dramaturgos negros, além da discussão sobe a imagem do negro nas polêmicas sobre black face e personagem negra.

A Cia Os Crespos é um coletivo teatral de pesquisa cênica e audiovisual, debates e intervenções públicas, composto por atrizes e atores negros. Formou-se na Escola de Arte Dramática EAD / eca / USP e está em atividade desde 2005.
Local: IFCS – UFRJ / Horário: 19:00 / Entrada Gratuita / Classificação: LIVRE


MESAS – Dias 14 e 29 de novembro

Arte Negra Ultrajada – Poéticas Autonarrativas. Essa mesa tem como propósito convidar público e participantes a pensar a arte negra, seus espaços, suas construções de resistências culturais como uma oportunidade de discutir a história da(s) cidade(s) e os diversos mecanismos de exclusão social e racial. Além de promover um intercâmbio no campo filosófico e crítico sobre a diversidade encontrada no que pode ser entendido como um projeto negro das artes cênicas.
Local: terreiro Contemporâneo / Horário: 20:30 / Duração??? Classificação: 13 anos/ Dia 29 de novembro

Arte Negra e Produção: Caminhos para uma Prática em Rede – Dia 29 de novembro

A palavra Rede assume diversos contextos no campo das produções culturais e artísticas. Desde rede tecnólogica a rede entre grupos e coletivos, o entrecruzamento e a verticalização dos processos resultantes da articulação da e na rede são fundamentais para a consolidação de resultados em excelência. Foram convidados 4 importantes fazedores da cadeia produtiva para um debate acerca dos desafios encontrados por grupos e artistas para a manutenção das produções no cenário cultural contemporâneo.
Dia 14 de novembro / Local: Casa das Pretas / Entrada gratuita / Classificação: livre

Aline Vila Real (Grupo Espanca, Projeto P.R.E.T.O), Paulo Mattos (Theatro Municipal, Sesc, Itaú Rumos), Hilton Cobra (Cia dos Comuns, ex-presidente Funarte) e Bruno F. Duarte (Anistia Internacional / Kabela / Mercedes – EMÚ)
18:30 | Caminhos até Mercedes | Grupo Emú 
19:00 | Debate: Arte Negra e Produção / Entrada gratuita / Local: Casa das Pretas / Classificação Livre

FICHA TÉCNICA PRINCIPAL DE PRODUÇÃO DA OCUPAÇÃO

PROPONENTE: EMÚ PRODUÇÕES ARTÍSTICAS E CULTURAIS

DIREÇÃO DE PRODUÇÃO E CURADORIA : SOL MIRANDA
GESTÃO DE PRODUÇÃO: SIMONE BRAZ
COORDENAÇÃO DE PRODUÇÃO: ALINY ULBRICHT
GERÊNCIA DE PRODUÇÃO: RENATA ARAÚJO
PRODUÇÃO EXECUTIVA: DIOGO NUNES
DIREÇÃO DE COMUNICAÇÃO: BRUNO F. DUARTE
PROGRAMADOR VISUAL: ANA ALMEIDA
ASSESSORIA DE IMPRENSA: DUETTO COMUNICAÇÃO
ESPAÇOS: Teatro Municipal Carlos Gomes, Parque das Ruínas, Instituto Black Bom, Terreiro Contemporâneo , Instituto Black Bom, Terreiro Contemporâneo, Casa das Pretas e IFCHS

ENDEREÇOS
Teatro Carlos Gomes | Praça Tiradentes, s/ n° - Centro
Casa das Pretas | Rua dos Inválidos, 122, Centro
Instituto Black Bom | Rua do Senado, 338, Centro
Parque das Ruínas | Rua Murtinho Nobre, 169, Santa Teresa
Instituto de Filosofia e Ciências Sociais (IFCS - UFRJ) | Largo São Francisco, 33
Terreiro Contemporâneo | Rua Carlos de Carvalho, 53, Centro
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